segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Dalila


  A mente do ser humano é mesmo inexplicável! Concluiu Joana voltando para casa em seu carro. Ao lembrar daquela noite que vivera no litoral, alguns dias atrás; ela sentiu um calafrio incomum - o mesmo que sentira na noite em questão.
  Em toda sua vida, todas as noites com homens foram normais - apenas prazer, apenas por esporte. Mas aquela noite fora especial ...
  Joana, Dalila e Victor; os dois últimos, namorados e Joana, uma grande amiga do casal. Os três foram desfrutar de um final de semana nas praias de Fortaleza, para relaxar após uma longa semana de trabalho.
  Joana nunca sequer pensara em olhar para Victor com outros olhos senão os de amigo, ela sempre respeitou Dalila acima de tudo; mas ela estava solteira e mais ainda, carente ...
  Victor sempre se recusou a trocar de roupa em frente a Joana. Por respeito a ela ou a namorada? Por medo de despertar olhares de Joana ou fatais olhares de Dalila sobre Joana? Ele simplesmente sempre recusou - mesmo que a própria Dalila insistisse que não havia problema algum.
  Ao cair da noite após um longo e muito bem aproveitado dia de Sol, Victor saiu para procurar onde comprar comida enquanto Dalila e Joana tomavam um bom banho. Dalila acabara de sair de debaixo do chuveiro e entrara no quarto; Joana já estava nua, pronta para tomar seu banho. Ambas, nuas, estavam frente a frente. Joana sorriu como cumprimento a Dalila; mas Dalila não retribuiu, apenas olhava fixamente a amiga, na face estava expresso um olhar estranho para Joana. Então Dalila começou a olhar Joana de cima a baixo, como que analisando seu corpo.
  - Há algo de errado comigo amiga? Alguma espinha, estou queimada? - Joana procurava entender o significado de tal olhar - Vou até o espelho ver!
  Mas antes que Joana chegasse a porta; Dalila prensou-a na parede.
  - Esse é o problema, amiga, não há nada de errado com seu corpo - e beijou-a.
  A princípio Joana resistiu, mas as carícias de Dalila pelo seu corpo foram tal como um veneno que mata lentamente; e logo Joana se viu rendida ao ataque de Dalila, e então tudo aconteceu.
  Joana jogou Dalila na cama e enlouqueceu analisando aquele corpo e vendo-o mexer-se sensualmente só para ela: cada curva no corpo de Dalila era um convite para as mãos de Joana, um lugar para ser explorado. Os longos cabelos ruivos de Dalila pareceram dançar quando ela sentara-se na cama convidando a amiga a participar de uma longa aventura com ela. O olhar penetrante de Dalila rendeu-a como sua escrava. E tocar naqueles seios redondos e cheios levou Joana ao delírio. No desenrolar desta realização; Joana sentiu um calafrio que nunca sentira antes ao sentir aquele corpo feminino por cima do seu; um calafrio que ela sabia que nunca mais esqueceria.
  Victor chegou com o jantar mas encontrou-as dormindo, já com roupas e cada uma em sua cama; para não levantar suspeitas. Mas mal sabia ele que a cama que ele dividiria com sua namorada fora, agora há pouco, o palco de uma realização sexual.
  O resto da viagem ocorreu naturalmente, salvo alguns olhares entre Dalila e Joana quando Victor não estava por perto.
  Agora, Joana lembrava-se do ocorrido sozinha em seu carro; e sentia o mesmo calafrio que sentira aquela noite. Algo a dizia que aquilo fora errado; e ela até tentou esquecer. Mas seu corpo lhe implorava por mais daquela sensação, e aquelas curvas! ...
Escrito por: Matheus Mariano